tratamentos
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Relação Sexual Programada.
A relação sexual programada é uma técnica de baixa complexidade, que consiste em otimizar o processo reprodutivo através da estimulação ovariana controlada. Habitualmente é indicada para casais sem muito tempo de infertilidade, quando a mulher apresenta as trompas normais e quando o sêmen do marido não apresenta alterações.
O controle da ovulação é realizado através de exames seriados de ultrassom para que o médico possa saber o período certo da ovulação, orientando o casal a manter relações sexuais mais frequentes neste período.
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Inseminação Intrauterina.
A inseminação intrauterina também é um tratamento de baixa complexidade. Primeiro é feita a estimulação da ovulação para otimizar o processo ovulatório, o que leva entre 10 e 12 dias. Através de controle ultrassonográfico, o crescimento dos folículos estimulados pela administração de medicamentos indutores da ovulação é monitorado, permitindo a previsão do dia da ovulação. Neste dia, o sêmen é preparado e inseminado na cavidade uterina.
No dia da ovulação previamente calculada, é introduzido um cateter bem fino dentro do útero, contendo o sêmen preparado, otimizando a possibilidade de fertilização. Após o procedimento, a paciente fica de repouso na sala de recuperação, por cerca de 40 minutos e depois volta às suas atividades normalmente. Após aproximadamente 14 dias, fazemos o teste de gravidez.
Por depender dos processos naturais esta técnica tem taxas de sucesso e indicações limitadas. A paciente deve ter trompas não obstruídas, já que todo o processo reprodutivo ocorre no seu interior. O sêmen não deve ter alterações morfológicas significativas e, quando preparado, estar dentro dos parâmetros de concentração e motilidade que permitam que os espermatozoides consigam chegar, por si mesmos, ao encontro dos óvulos.
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Fertilização in vitro.
Conhecida também como “bebê de proveta”, a técnica é comum e amplamente utilizada para o tratamento da infertilidade. Consiste em fecundar o óvulo por um espermatozoide fora do corpo da mulher, em uma cultura in vitro.
Etapas:
Estimulação da ovulação: para realizar a fertilização in vitro habitualmente realizamos a estimulação da ovulação, o que leva entre 10 e 12 dias. Durante este período são realizados exames de ultrassom seriados e dosagens hormonais, para monitorar o crescimento dos folículos, pois por meio do seu tamanho, conseguimos determinar o momento certo de realizarmos a coleta de óvulos.
Coleta dos óvulos: quando os folículos estiverem com um diâmetro médio de 18mm é programada a coleta dos óvulos. Esse procedimento é realizado em Centro Cirúrgico, sob sedação. Os óvulos são aspirados por via vaginal, através de uma agulha guiada por ultrassom e são identificados, classificados e mantidos na incubadora do laboratório de reprodução humana, até o momento da fertilização.
Fertilização: no caso da fertilização in vitro clássica os óvulos são colocados junto aos espermatozoides, em uma incubadora na mesma temperatura do corpo da mulher. A ICSI (Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoides) também é utilizada na grande maioria dos casos, para garantir melhores taxas de fertilização. Ela consiste na injeção de um espermatozoide dentro do citoplasma do óvulo, com a ajuda de um sistema de micromanipulação. Os embriões permanecem em meio de cultura de 2 a 5 dias e a seguir são transferidos para o interior do útero.
Transferência embrionária: consiste na deposição dos embriões dentro da cavidade uterina. O número de embriões a ser transferido dependerá da qualidade do mesmo, avaliada pelo número de células e pelo seu grau de fragmentação (vide avaliação realizada no laboratório de embriologia).
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Procedimentos que poderão ser utilizados na FIV.
Assisted hatching
Remoção de fragmentos
Vitrificação de embriões
Descongelamento de embriões
Diagnóstico genético pré-implantacional (PGD) ou biópsia de embriões
Transferência de blastocisto
Punção de epidídimo
Biópsia de testículoHá ainda doação de óvulos e esperma, que também fazem parte da FIV.
Para detalhes sobre cada procedimento entre em contato conosco ou marque uma consulta.
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Congelamento de óvulos, sêmen e embriões.
Congelamento de óvulos:
Utilizado para a preservação da fertilidade da mulher o congelamento de óvulos pode ser feito em diversas situações, desde aquelas que desejam adiar a maternidade por motivos pessoais, até as que se submetem a tratamentos oncológicos, que podem causar danos irreversíveis aos ovários. Também é uma técnica utilizada para proteger as pacientes suscetíveis a Síndrome do hiperestímulo ovariano moderada ou grave. Em todos estes casos, recomenda-se a coleta dos óvulos e o congelamento para, num ciclo posterior, realizar a fertilização e a transferência dos embriões.
Para realizar o congelamento de óvulos é feita a estimulação da ovulação. Em um ciclo menstrual, normalmente 1 folículo (bolsa que contém o óvulo) se desenvolve e rompe no meio do período. Quando utilizamos medicamentos mais folículos se desenvolvem, possibilitando a obtenção de um maior número de óvulos em um único ciclo.
O congelamento de espermatozoides tem as seguintes indicações: pacientes que farão uma vasectomia, antes de tratamento de químio ou radioterapia ou pacientes que estarão ausentes quando a mulher for fazer a fertilização in vitro.
A coleta do espermatozoide é feita na clínica por masturbação, biópsia ou microdissecção testicular. O esperma é tratado em laboratório e preservado em Nitrogênio Líquido, a -196ºC. Por seu tamanho o descongelamento dos espermatozoides é muito mais fácil que o dos óvulos e podem ser utilizados no tratamento de fertilização in vitro.
Congelamento de embriões:
Após a coleta e o tratamento do sêmen os óvulos são fecundados em laboratório.
Aguarda-se o desenvolvimento de cada zigoto até que se tornem embriões e estejam aptos para serem congelados.Quando se utiliza a técnica de congelamento de embriões para utilização posterior é necessário fazer o processo inverso na hora de prepará-los para a implantação.